A definição da banca CNU para o Concurso Nacional
Unificado 2025 (CNU 2025) foi oficializada nesta quinta-feira (5),
encerrando uma disputa entre algumas das maiores organizadoras de concursos do
país.
Após semanas de expectativa, o Ministério da Gestão e da
Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou que a Fundação Getulio Vargas (FGV
Concursos) será a responsável pela realização do próximo "Enem dos
concursos".
Até a escolha, o processo passou por uma análise técnica e
jurídica interna. Estavam no páreo a própria FGV, a Fundação Cesgranrio,
o Cebraspe e o Instituto AOCP — todas com histórico
consolidado em concursos públicos de grande porte.
A decisão foi confirmada por meio do Termo de Dispensa de Licitação, publicado oficialmente no Portal Nacional de
Contratações Públicas (PNCP), documento que também traz as condições acordadas
entre o governo e a instituição contratada.
A escolha da FGV Concursos como banca CNU não chega a
surpreender, já que a fundação havia demonstrado forte capacidade logística e
técnica ao longo dos últimos anos, organizando provas complexas e com ampla
distribuição geográfica.
Sobre o CNU 2025
Com a escolha da organizadora oficializada, o Concurso Nacional Unificado avança para uma nova etapa. O edital deve ser
publicado em agosto, e as provas estão previstas para o fim de 2025.
A expectativa do governo é ofertar mais de 7 mil vagas
distribuídas entre cerca de 30 órgãos e entidades da administração pública
federal.
Entre os órgãos participantes do CNU 2025 estão:
- IBGE;
- INCRA;
- Ministério da Saúde;
- Ministério da Educação;
- IBAMA;
- Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai);
- entre outros de alto impacto e capilaridade nacional.
A estrutura seguirá o modelo já usado em 2024: provas simultâneas em todo o
Brasil, com blocos temáticos divididos por áreas de formação e interesse dos
candidatos.
O objetivo segue firme — promover inclusão, eficiência e
redução de desigualdades no acesso ao serviço público federal.
O que esperar das provas da FGV Concursos
Com foco em leitura minuciosa e interpretação densa, a FGV
Concursos costuma estruturar provas analíticas — especialmente em questões
jurídicas e de Língua Portuguesa.
Não é raro encontrar textos densos, perguntas com
alternativas extensas e, muitas vezes, pegadinhas que exigem atenção redobrada.
Também é comum encontrar nas provas da fundação:
- provas com estilo mais tradicional, com forte presença de questões dissertativas em alguns certames;
- enunciados longos e complexos, principalmente nas áreas jurídicas e de humanas;
- cobrança intensa de atualidades contextualizadas e raciocínio lógico com pegada mais matemática;
- menor foco em decoreba e maior exigência de entendimento real dos temas.
Com a escolha da FGV como banca CNU, os candidatos precisam
ajustar o foco: entender o estilo da banca e treinar com simulados no
mesmo padrão vira prioridade.
Provas recentes organizadas pela FGV Concursos
- concurso da Câmara dos Deputados (2023);
- concurso do TJ-RJ (2023);
- concurso da SEFAZ-AL (2022);
- concurso da DPE-RJ (2021);
- exame da OAB (em parceria em várias edições);
- concursos municipais e estaduais em diversas capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.